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AGUAPÉ

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AGUAPÉ - Intervenção nos espelhos d'água da praça do Museu de Gisel Carriconde Azevedo e Isabela Couto

Curadoria: Sissa Aneleh.

Realização: Museu das Mulheres e Museu Nacional da República.

Visitação: 21 MAI - 31 OUT, 24h, todos os dias.

Local: Espelhos d'água da Praça do Conjunto Cultural Museu Nacional, Plano Piloto, Brasília.

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A intervenção AGUAPÉ é uma obra viva de autoria compartilhada entre Gisel Carriconde Azevedo e Isabela Couto. As artistas preencheram os espelhos d’água da Praça do Conjunto Cultural da República de Brasília com mais de vinte mil mudas de aguapés do Lago Paranoá para compor, junto à paisagem predominantemente cinza da arquitetura moderna de Oscar Niemeyer, um jardim flutuante. Ao todo foram 14 caminhões de aguapé que estão ocupando os espelhos d’água.

 

O nome aguapé já revela de antemão a facilidade de deslocamento da planta, uma das espécies mais invasoras do mundo. Natural da Amazônia, o aguapé vive em harmonia com espécies nativas, porém espalha-se facilmente em paisagens degradadas pela ação predatória humana. Por outro lado, essas plantas podem funcionar como reguladores de sistemas, removendo poluentes e toxinas pesadas das águas que habitam. Para a 21ª Semana Nacional dos Museus, realizada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), as artistas se propuseram a cultivar por um semestre os aguapés recolhidos do Lago Paranoá e convidam o público a acompanhar o crescimento exponencial dessas plantas aquáticas.

 

AGUAPÉ, uma realização conjunta entre o Museu das Mulheres e o MUSEU Nacional da República, é um projeto artístico concebido e executado por mulheres, tendo como um de seus propósitos chamar a atenção sobre a saúde dos ambientes naturais e a urgência da discussão climática.

 

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O PROJETO

Expedição com as artistas na nascente do Lago Paranoá.

 

14 caminhões despejaram as aguapés nos três espelhos d'água que compõe o complexo cultural com museu e biblioteca tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Brasil (IPHAN).

Três jardins flutuantes de Aguapés compõem a paisagem da arquitetura moderna brasileira.

Monitoramento da temperatura e saúde da água com especialistas.

Alimentação das plantas durante os meses da intervenção.

Durante dois meses as artistas irão cultivar os jardins flutuantes com aguapés. 

Desdobramentos da intervenção em outras linguagens artísticas: desenhos,  cadernos de artistas, pinturas e fotografias.

Descarte consciente com doação das plantas aguapés para preparo de sal indígena no final da intervenção.

 

A programação do Museu das Mulheres tem projetos baseados na Agenda 2030 da ONU para contribuir com os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS).

O projeto Aguapé está alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ODS: 5, 13, 15 e 17. 

Aguapé é obra viva que nasceu no compasso da urgência do debate ecológico e do papel da arte em tempos de discussão mundial sobre os temas: sustentabilidade, justiça climática e permanência da vida no Planeta. Planta aquática com inflorescência em tons de lilás e toque final em amarelo, foi brilhantemente selecionada para este projeto pelas artistas Isabela Couto e Gisel Carriconde para enviar a mensagem desta intervenção ecológica. 

 

Espécie latino-americana que tem a capacidade de realizar o seu próprio protesto a favor da biodiversidade, é mensageira da qualidade do meio-ambiente na região em que se hospeda, como vigilante ambiental nos ensina sobre os limites da ação humana. Ao passo que a arte tem o poder de protestar com o seu ecossistema estético-artístico; e por extensão, conscientizar seu público afeito, seguindo sua raiz rizoma a espalhar-se para fora das paredes brancas mutáveis de museus. 

 

Aí reside o poder da intervenção Aguapé que transborda a si mesma, guardada no cuidadoso ato do cultivo das artistas ao longo do esverdeamento dos espelhos d‘água do Museu Nacional. A qual afeta nosso olhar urbano gris, transforma a prática artística em prática ambiental, regenera mentes com arte feita por mãos de mulheres, colhe afetos pela biomimética, repousa os olhares de passantes e crianças nesses novos jardins-lagos envoltos em concreto armado desenhado, mas agora projetados para serem micro sistema natural e criativo com plantas nunca antes vistas na praça do museu.

 

No tempo e no espaço da existência desta intervenção que uniu o Museu das Mulheres e o Museu Nacional da República em tempos de liderança de instituições de arte para a ação climática, permanecerão tais reflexões:  Quanto tempo essa planta pode continuar a proteger seu habitat natural com o desequilíbrio ambiental que provocamos? Podemos existir sem o meio-ambiente? A arte deve lutar pela sustentabilidade ambiental, social e econômica?

 

Pare! Respire! Reflita! O Planeta segue avisando o limite dos impactos destruidores contra nossa forma de estar no mundo com ímpetos devastadores. Há tempos avisam ambientalistas que "não existe planeta B". Portanto, mulheres, arte e museus se alinham com o meio-ambiente e constroem caminho seguro na trilha da conscientização e regeneração mundial. A emergência do chamado global é para manter a integridade do planeta e transformar o todo em uma única natureza respeitando os princípios éticos da Carta da Terra.

Curadora Sissa Aneleh

Diretora do Museu das Mulheres 

ARTISTAS

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ISABELA COUTO

Vive e trabalha em Brasília. Bacharel em Arte pela Universidade de Brasília. Mestranda em Arte pela Pontifícia Universidade Católica do Chile. Atua principalmente nas mídias da aquarela, instalação, videoarte. A artista faz parte da atual busca por modos de existência que atravessam as barreiras impostas pela segregação entre cultura e natureza. Tem experimentado paisagens que resultam do envolvimento entre humanos e não humanos.

Seu interesse está em revelar o protagonismo dos elementos naturais em detrimento da participação humana. Isabela participa de exposições desde 2014, possui obra na coleção do Museu Nacional de Brasília e em coleções particulares. Em 2023, tomou posse como suplente do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural do DF para atuar na área de arte e cultura inclusiva, realizou a intervenção artística Aguapé com autoria compartilhada e com parceria do Museu Nacional de Brasília e Museu das Mulheres para a Semana Nacional de Museus.

Em 2022, realizou a individual Guardadora de Água no Museu Nacional de Brasília, foi selecionada para a mostra internacional e virtual Declare/Decay do coletivo Xor Space e participou da Residência Rio São Miguel, na Chapada dos Veadeiros. Em 2021, foi selecionada para o VII Festival Internacional de Cinema Experimental Dobra. Em 2019 foi indicada ao Prêmio Pipa, selecionada para o Salão Mestre D’armas e para a residência Epecuen.

Instagram @isabela_r_couto

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Gisel Carriconde Azevedo

Artista visual graduada pela Universidade de Brasília, com mestrado na Universidade de Brighton e doutorado na Universidade de East London — UEL. Entre 2000 e 2016, atuou como designer de exposições no Museu de Valores do Banco Central, direcionando sua atenção para as relações entre objeto, espaço e espectador.
 

Trabalhando com instalação de objetos, fotografias e pintura, onde incorpora uma série de práticas museológicas, explorando o uso do objeto e da linguagem na construção do conhecimento e apontando para o sistema de validação da arte como espaço a ser pensado em sua condição de comercialização.
 

Desde 1997, realiza exposições coletivas e individuais no Brasil e na Inglaterra. Na última década, participou de residências artísticas nacionais e internacionais, de comissões de seleção e premiação de artistas em salões e mostras locais, e de projetos de gestão cultural, destacando-se o deCurators, criado em 2014 como um espaço-laboratório para experimentações expográficas e curatoriais. Atualmente, vive e trabalha em Brasília.

PUBLICAÇÕES: Instalação e Teatralidade: pensando através dos objetos (Universidade de East London, 2012); Maciej Babinksi: entrevistas (Círculo de Brasília, 2006); Kitsch, uma questão de gosto (Universidade de Brighton, 1997).

Instagram @giselcarricondeazevedo

PROGRAMAÇÃO DA OBRA VIVA

21 MAI​

MAI | OUT

MAI | OUT

16 JUL

SET

​Festa de inauguração da obra viva nos espelhos d'água do Museu Nacional da República (Brasília).

16h - 20h.

Programação do educativo no site e instagram do Museu Nacional

Visita-mediada para visitantes do museu, escolas, professoras e professores.

Prática livre de desenho ao vivo com Gisel Carriconde e Isabele Couto na área externa do Museu Nacional.

Primeiro dia - 30/05, 16h às 18h.

Leve seu caderno de desenho, água, lanche e cadeira.

Mostra de Performances na Intervenção Aguapé.

Curadoria de Gisel Carriconde. 

Conversa com convidadas

Informações no site e no instagram do Museu Nacional da República de Brasília

http://museu.cultura.df.gov.br/

@museunacionaldarepublica

LEIA O TEXTO DE CARLA BARRETO

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